Ideologia
burra
Sempre me perguntei: o que leva um ser
humano ao fanatismo ideológico, religioso ou político? Difícil compreender, mas
simples de aceitar. Acolhemos o fanatismo, com naturalidade, pois desde
pequenos, convivemos com isso. Fanatizar, ou seja, excluir algo ou outrem, por
algum motivo, faz parte da cultura brasileira e, especialmente, para nós
gaúchos. A nossa tradição sulina é baseada numa guerra – a dos Farrapos – (que
perdemos), o que nos coloca numa postura caudilha de “enfrentadores”. Por
exemplo, no presente, existem defensores (inteligentes) de que o mensalão e o petrolão foram armações e invenções de uma imprensa golpista e de
um judiciário vendido. O que nos leva a tal fanatismo ideológico? Não sei, mas
aceito. Humberto Maturana, educador chileno, nos diz que existem as discussões
lógicas e as ideológicas. As lógicas – sanada a dúvida – acabam-se com as
desavenças. Nas ideológicas, infelizmente, não existirá solução, pois o
resultado será sempre uma ‘invenção’ forjada pelo inimigo. Isso leva, algumas
vezes, à ignorância doutrinada. Assim, humanos continuarão matando humanos;
funcionários furtarão instituições públicas, por egoísmo e para partidos
políticos; colonizadores e colonizados sempre existirão, às pencas; opressores
e oprimidos poderão até mudar de lugar, no contexto social. Um dia opressor,
noutro, oprimido. Sendo repetitivo, ainda que intencionalmente: quem serão os
opressores atuais? Quais foram os oprimidos do passado? A resposta é dúbia,
pois dependerá da sua ideologia, caro leitor. A única saída para escaparmos do
retrocesso, está na educação. Ela, veja bem, é muito diferente de ‘grau de
estudo’. A educação evita a burrice ideológica, que é tão prejudicial quanto o
analfabetismo social. Seja o fanatismo para a esquerda, ou à direita, ele
sempre será, na verdade, para trás.
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