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A 1ª Geração Romântica (1836) - é chamada de Indianista e Nacionalista. Nela são abordados temas como o índio, a saudade da pátria, a exaltação da natureza, a impossibilidade amorosa, entre outros.
Nessa fase, busca-se a criação da consciência nacional (lembrando que a independência ocorreu em 1822), pela exaltação de nossa fauna e flora; além disso, os escritores buscam no passado do índio o heroísmo mítico e histórico. Nesse aspecto, há uma comparação do índio com o cavaleiro medieval europeu, criando a figura do "bom selvagem" (coragem, honra e pureza).
Na poesia, o escritor de maior destaque foi GONÇALVES DIAS.
Na prosa, destacou-se o escritor JOSÉ DE ALENCAR.
Gosto muito do poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, que trata sobre o saudosismo, sendo construído em Redondilha Maior.
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Gonçalves Dias |
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Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar –sozinho, à noite–
Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
De Primeiros cantos (1847)
Olá!Bom dia!
ResponderExcluirOutro dia,abri um livro antigo, escolar,e fui, justamente, na Fase Romântica e reli esta Canção do exílio! E vi, que a impossibilidade do amor,a saudade da pátria e a natureza...se mantém vivas, nos escritos!
Boa terça!
Abraços