Ensaio
sobre a amizade
O que nos leva, seres humanos, a termos
um sentimento de afeto, direcionado a outras pessoas? O que nos conduz a uma fraternidade
que seja emancipada de qualquer interesse? Quais são e quais foram os seus
verdadeiros amigos? Um ditado antigo, de nosso povo, nos diz que para quantificarmos
os amigos de fé, não utilizamos os dez dedos das mãos; sabedoria popular que
ultrapassou gerações, desde muito tempo. A realidade, caro leitor, que para
existir a amizade é necessário que se elabore, pelo menos, três atributos. Em
primeiro lugar, precisamos nutrir uma “empatia” pela outra pessoa, evitando,
assim, que nos afastemos mesmo antes da aproximação. Quantos amigos deixamos de
ter, pois não gostamos da cara? A segunda característica, após a construção da
afinidade, é a necessária criação de uma “confiança” mútua, onde você terá a
total certeza de que aquele indivíduo não aceitará tudo o que você diz, mas
pelo menos respeitará o seu posicionamento; e defenderá a sua honra. A
lealdade, característica tão difícil na atualidade, é o antônimo do maldizer.
Amigo que é realmente amigo fala na cara, não manda recado ou se utiliza de
ferramentas maquiavélicas, para a manutenção de um poder ilusório. Em alguma
parte de sua vida, você lembra do disse-que-me-disse? É a isso que me refiro. Por
fim, o terceiro ponto é a “compreensão” para os limites do outro; nenhuma
amizade resiste a um perfil demasiadamente crítico. Compreender a finitude e a
imperfeição humana, nos torna mais pacienciosos. A camaradagem, na história das
civilizações, foi a forma de relacionamento que edificou as maiores conquistas.
Simples assim. Uma pergunta que deve ser feita diariamente: quais os seus amigos
de fé?
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