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FONTE: http://palavrasdearlete.blogspot.com.br/ |
Secretaria
de Cultura de Santiago
Santiago já não é mais uma simples
cidade interiorana: ela se definiu como “Terra dos Poetas”, por lei e por
adesão notória de seus munícipes. Quando falamos em Caxias do Sul, Bento
Gonçalves, o que se pensa? Vinho. Quando perguntam de Cruz Alta? A terra de
Érico Veríssimo. Assim vai: Pelotas (doces), Santa Maria (cultura) e tantos
outros. Nessa ótica, Santiago deveria, urgentemente, separar a Secretaria
Municipal de Educação e Cultura em duas pastas distintas. Nada contra o
desempenho da Denise Cardoso e do Rodrigo Neres. Eles fazem mais do que podem,
até o impossível. Só que a discussão
sobre tal separação vem de 2009, ou seja, mais de seis anos. É apenas uma
questão estrutural. Dois assuntos importantíssimos – educação e cultura – de
extrema carga de trabalho, não devem ficar centralizados. Um dos dois será
colocado para segundo plano e, usualmente, será a cultura. As necessidades da
educação brasileira são fortes, notórias e dominam a atenção de qualquer gestor.
Muitas cidades já possuem Secretaria de Cultura independentes, como a quase
vizinha Santa Maria; além disso, a cultura está mais ligada ao turismo,
desportos ou lazer. Em Chapecó, SC, existe a “Secretaria de Cultura, Desportos
e Lazer”. Já em São João Del Rei, MG, temos a “Secretaria de Cultura e
Turismo”. Os monumentos construídos não auxiliam para o turismo? Claro que sim.
A cultura de Santiago precisa de independência, de verbas próprias, para poder
respirar sem os aparelhos. Será que a SMC sairá do papel? Gostaríamos de saber,
ainda mais numa cidade que elegeu a literatura como o seu ponto de referência e
de reconhecimento. A reflexão tem de ocorrer pelas entrelinhas.
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